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A poesia não nasce pela vontade da gente, ela nasce do espanto.
Alguma coisa da vida que vejo e não sabia. Só escrevo assim.
(...)
De vez em quando o inexplicado se revela,
e é isso que faz nascer a poesia.
Não se faz poesia a frio.
Sem o espanto, não faço.
|Ferreira Gullar - Entrevista à 'Veja' - 23 junho 2010|
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